O ritmo da descida do rio Negro diminui neste fim de semana. Da média dos últimos quinze dias, de cerca de 20 centímetros por dia, começou a descer pela metade desde a sexta-feira. Hoje, o rio alcançou 17,08 metros, e está 3,44 metros acima da marca registrada na maior estiagem registrada no rio, em outubro de 1963, quando ficou em 13,64 metros.
Segundo o geólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Daniel Oliveira, a diminuição na média de descida pode representar uma desaceleração na vazante, mas só pode ser confirmado se o fato ocorrer durante as próximas duas semanas.
O rio Solimões, no medidor do CPRM, em Tabatinga, está com nível estabilizado já faz uma semana. No dia 9, o rio bateu o recorde da maior seca já registrada pelo órgão no Solimões: marcou 32 centímetros negativos, contra os dois positivos do recorde de 2005. Hoje, o nível registrava a marca de 76 centímetros.
Os municípios às margens do Solimões e seus afluentes que sofrem mais com a seca. Segundo a Defesa Civil, há 33 mil famílias isoladas por conta da estiagem nos 21 municípios que já decretaram situação de emergência no Estado. O órgão apresentou o plano de ajuda na semana passada e anunciou a compra de medicamentos, mantimentos e purificadores de água, mas o material ainda não foi distribuído. Segundo a assessoria de imprensa da Defesa Civil, o material ainda está sendo comprado.
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