terça-feira, 7 de setembro de 2010

Área do Encontro das Águas será tombada


Olá pessoal!
A reportagem abaixo se refere ao possível tombamento do encontro das águas do rio Solimões. Achamos interessante a postagem desta notícia do jornal Estadão, pois nos faz refletir sobre diversas temáticas correlacionadas, como por exemplo, a valoração do patrimônio natural, as políticas de proteção ambiental adotadas em nosso país, e a importância da salvaguarda e das políticas de conservação do patrimônio natural.


Os 30 quilômetros quadrados no entorno do Encontro das Águas (onde as águas escuras do Rio Negro misturam-se às barrentas do Rio Solimões, formando o Rio Amazonas) foram delimitados como área a ser tombada como Patrimônio Histórico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O estudo com a delimitação do espaço será enviado a Brasília na próxima semana e uma reunião do Conselho do órgão, no fim do mês, concluirá o processo, iniciado há dois anos. 
A área delimitada abrange a Ilha de Xiborena, a comunidade Terra Nova, os bairros Mauazinho e Colônia Antonio Aleixo, o Lago do Aleixo e matas próximas. Nessa área está sendo construído o Porto das Lajes, obra paralisada há dois meses pelo Ministério Público Federal por conta de pendências no licenciamento ambiental. 
Segundo o superintendente estadual do Iphan, Juliano Valente, mesmo que a delimitação do tombamento abranja a área da obra do Porto das Lajes não significa que a construção será automaticamente inviabilizada. “Ao ser definido como patrimônio histórico, qualquer construção na área tem de passar agora não só pelo órgão ambiental, mas também pelo crivo do Iphan e, se responder às exigências, vai ser aprovada”, afirmou.
A construção do Porto das Lajes está embargada por pendências com o estudo de impacto ambiental exigido pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). “Acreditamos que após essa pendência não teremos dificuldades em ter a aprovação do Iphan para continuar a obra”, afirmou Laurits Hansen, diretor da empresa responsável pelo porto, a Lajes Logística. “Nosso temor é que pedidos ao Iphan de construção dentro desse mapa de 30 quilômetros quadrados não sejam analisados pela sociedade. Não vemos como permitir a construção de um porto que não prejudique um patrimônio histórico, com barulho, óleo derramado e constante vai e vem de navios”, disse Ademir Ramos, da ONG SOS Encontro das Águas.

Fonte: Estadão. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,area-do-encontro-das-aguas-sera-tombada,604214,0.htm. Acesso em: 07/09/2010.

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